quarta-feira, 27 de abril de 2011

Homenagem a João Palma da Silva na data de seu aniversário natalício

JOÃO  PALMA  DA  SILVA – Biografia

João Palma da Silva nasceu na cidade de Santa Maria-RS no dia 27 de abril de 1913. Seus pais eram: Joaquim Antônio da Silva e Isabel Palma da Silva. Em 1937 veio para Canoas como oficial da Força Aérea Brasileira. Aqui reformou-se como militar e dedicou-se às letras e à cultura.
            Foi jornalista e membro da Academia Riograndense de Letras, atuou como telegrafista da estrada de ferro, como Juiz de Paz e também foi membro do Conselho Municipal de Cultura e assessor de imprensa da Prefeitura Municipal de Canoas.
            Como escritor, pesquisador e historiador, elaborou as seguintes obras: As origens de Canoas; Rancho Crioulo (poesias); Roque Callage (ensaio literário); A Tapera de São Miguel das Missões; Biografia de um historiador; Cantos e Lendas (folclore); Festa Campestre de Santo Antão Abade; e inúmeros trabalhos para a imprensa da capital e do interior. 
             Dentre suas obras como escritor destaca-se o livro “As Origens de Canoas”. Foi ele quem primeiro pesquisou e registrou em livro a história de nosso município. Este livro serve de base para todos os que desejam conhecer a história antiga de nossa cidade e pode ser encontrado nas bibliotecas escolares e na Biblioteca Pública Municipal, que se situa no Conjunto Comercial Canoas. Foi um exemplo de amor e dedicação ao povo canoense e uma das pessoas mais ilustres de nossa cidade. 
              Em 1955 liderou o lançamento de um importante e durável movimento cultural e artístico em nossa cidade, através do tradicionalismo gaúcho (foi um dos fundadores) e através disso alcançou repercussão em todo o estado do RS.
              Em 1966 criou o escudo que ilustra a bandeira de Canoas e figura em todos os documentos oficiais do município. Em 06 de novembro de 1968 ingressou na Academia Riograndense de Letras.
Como jornalista profissional, durante trinta anos prestou grande serviço de divulgação da vida e notícias canoenses na imprensa da capital (no Correio do Povo) e nos Seminários locais. Esteve a serviço de órgãos do Governo do Estado e de entidades culturais, participou e presidiu comissões julgadoras de obras literárias.
             Várias vezes recebeu destaque em atividades culturais na nossa cidade e na Capital (POA). Recebeu diversos troféus, inclusive em defesa do ambiente natural. Em 1973 freqüentou o “I Simpósio de Prevenção do Patrimônio Cultural do Estado”, que foi instituído pelo governo e também recebeu este honrado certificado. Em 1977 recebeu da UFRGS (Universidade Federal do RS) o prêmio Laurel Gerdau de História.
             Participou ainda das seguintes entidades: Instituto Histórico e Geográfico do RS; Círculo de Pesquisas Literárias; Associação Riograndense de Imprensa; e Estância da Poesia Crioula.
             O nosso grande poeta, historiador e escritor faleceu no dia 28 de setembro de 1978, em sua residência, aos 65 anos de idade. Deixou a esposa, 3 filhos e netos.
             Em sua homenagem, a Biblioteca Pública Municipal de Canoas, passou a ter a seguinte denominação: Biblioteca João Palma da Silva (Lei Municipal nº 1948 de 15/04/1980). Também em 1990, tornou-se Patrono na denominação de uma nova escola construída no bairro Mathias, reconhecimento a este cidadão canoense por toda a sua dedicação em favor da cultura de nosso povo.. 
              Em 2009, no aniversário de setenta anos do município de Canoas e 7 anos da entidade, João Palma foi homenageado pela Casa do Poeta de Canoas através da edição da IV Coletânea de poemas, contos e crônicas. 
              Em 2010, na sessão solene realizada no Memorial do Rio Grande do Sul (POA), João Palma da Silva tornou-se Patrono da Cadeira n.º 2 da Academia de Letras do Brasil – Seccional RS/Canoas, através da indicação da escritora Nélsinês, Patrona da 26.ª Feira do Livro do município.

Sociedade tem até 30 de abril para opinar sobre proteção de dados pessoais

E a gente fica sabendo disso quando? quem divulga? Para isso não tem VERBA DE PUBLICIDADE?
Somente hoje, através do Vereador Patrício, fiquei sabendo dessas. E compartilho já!
Exerça seus direitos. Participe! Opine também!
Brasília, 31/03/2011 (MJ) - O Ministério da Justiça prorrogou por um mês o debate público sobre o anteprojeto de lei de proteção de dados pessoais. Com a prorrogação, a sociedade terá até o dia 30 de abril para opinar sobre a proposta.
Hoje não há no país legislação específica sobre o tema. Por isso, o Ministério da Justiça iniciou, em novembro do ano passado, um debate virtual para elaborar uma proposta legislativa com a participação popular. O envio de contribuições se encerraria nesta quinta-feira (31), mas foi prorrogado a pedido de diversos setores da sociedade civil.
De acordo com a proposta inicial, informações pessoais devem ser repassadas apenas com o consentimento prévio do seu titular e somente para a finalidade específica indicada no momento da coleta dos dados. O objetivo da prorrogação é aprofundar as discussões que acontecem no endereço http://culturadigital.br/dadospessoais.


Cidadão pode contribuir para a reforma do Código de Processo Civil
Brasília, 12/04/2011 (MJ) – O Ministério da Justiça iniciou terça-feira (12/04) um debate público pela internet para que qualquer cidadão possa comentar a proposta do novo Código de Processo Civil (CPC), em tramitação no Congresso Nacional. O objetivo do debate é coletar opiniões de toda a sociedade para subsidiar o trabalho do Poder Legislativo na elaboração do texto final. Até o dia 12 de maio, todas as contribuições sobre os 1.007 artigos propostos no novo CPC podem ser enviadas para o endereço eletrônico www.participacao.mj.gov.br/cpc.
O debate pela internet foi lançado no seminário O Novo Código de Processo Civil, que reuniu juristas e autoridades para discutir os principais pontos da reforma. Na abertura do evento, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, destacou que o aperfeiçoamento do Código é necessário para que a Justiça possa responder mais rapidamente às demandas da sociedade. “Os novos tempos exigem essa mudança e temos de ter a responsabilidade histórica de empreendê-la da melhor forma possível. ”, afirmou Cardozo. Nesse sentido, o ministro elogiou a iniciativa do Senado Federal de buscar a elaboração do novo CPC.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, que presidiu a comissão de Juristas instituída pelo Senado para elaborar a proposta de reforma do CPC, destacou a importância de mudar a forma de tramitação dos processos para combater a demora nas decisões judiciais. “A aprovação desse novo Código urge, porque o estágio em que o Judiciário está, com o volume excessivo de processos, acarreta um nível alarmante de insatisfação da opinião pública”, ressaltou o ministro.
O ministro do STF também destacou que as alterações propostas pela comissão tiveram o suporte de mais de dez audiências públicas realizadas nas principais capitais do país, além da contribuição de acadêmicos e instituições. “Procuramos conferir a esse novo Código a máxima legitimação democrática”, resumiu Fux.
A proposta do novo Código foi aprovada pelos senadores em dezembro de 2010 e enviada à Câmara dos Deputados, onde será analisada por uma comissão especial. Após o encerramento do debate pela internet, as contribuições da sociedade sobre o CPC serão organizadas pelo Ministério da Justiça e enviadas ao Congresso Nacional.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Você, o que pensa sobre isso?

Do Blog: http://realtimeliteracia.blogspot.com/search/label/%22Ignorando%20In%C3%BAmeros%20Casos%20De%20Problemas%22

Campanha de Vacinação em 2011 Irá Contar com Vacina H1N1

"Ignorando Inúmeros Casos De Problemas"

Novamente nosso governo está engajado em levar a vacina H1N1 ao maior número de pessoas que puder, apesar do grande risco para saúde pública.
Desta vez, a campanha pública será de 25 de abril até 24 de maio, e irá aplicar duas vacinas, uma bi-valente, contra os vírus da gripe comum, e uma monovalente, contra o H1N1, isso de acordo com uma nota da Anvisa. As vacinas destinadas aos estabelecimentos privados de vacinação devem conter as três cepas influenza em uma mesma formulação, incluindo o H1N1. Mas contrariando a nota da Anvisa, vários veículos de comunicação (aqui e aqui) reportaram que a vacina a ser fornecida pela rede pública seria única e conteria as três cepas, incluindo o H1N1.
O que parece que não está sendo levado em conta é o fato de que esta vacina tríplice causou problemas em vários lugares do mundo, e em alguns casos foi até mesmo interrompida.
Meses atrás,  na Finlândia os casos de narcolepsia aumentaram em até 300% nas crianças que receberam a vacina tríplice. Na Austrália a vacinação para crianças menores de 5 anos foi suspensa depois de um aumento considerável dos efeitos adversos após a vacinação. Claro que no Brasil efeitos adversos nunca seriam motivo para suspensão de vacinação, já que para os "especialistas" de nossos órgãos de saúde aos efeitos adversos são meramente concidência...
Mesmo após ter sido descoberto que a OMS alterou o critério de avaliação para pandemia e que favoreceu os laboratórios médicos (veja aqui, aqui e aqui), caracterizando conflito de interesses, já que muito dos
membros da comissão de pandemia da OMS trabalhavam para os fabricantes de vacina, continuamos esta afronta a saúde do povo brasileiro que é a vacinação H1N1.
Não ficou muito claro na nota de 8 de março no site da Anvisa quem receberá a vacinação contra o H1N1. Na nota fala que "As vacinas pandêmicas contra a gripe A serão destinadas aos grupos de risco definidos pelo Ministério da Saúde. Já as vacinas contra gripe sazonal serão aplicadas nos idosos, como é feito todo ano.", e a expressão "grupos de risco" é um link para o calendário de vacinação de 2010, que inclui grande parte da população. Estariam tentando trazer as pessoas para tomar a vacina contra a gripe comum e já "aproveitar" e dar a contra o H1N1? Não que eu acredite que a vacina contra a gripe traga muita (ou alguma) proteção, mas é o fato da vacina H1N1 ter seus efeitos adversos desconhecidos é que me preocupa mais. A própria Anvisa reconheceu que desconhecia os efeitos adversos da vacina contra o H1N1 nesta nota, apesar de negar publicamente.

Efeitos adversos e contratos
Eu estou tentando obter junto ao Ministério da Saúde desde abril do ano passado as estatísticas sobre os efeitos adversos relacionados com a aplicação da vacina H1N1, e também informações sobre os contratos firmados com os fabricantes de vacinas. Em relação aos contratos leia este tópico para saber porque precisamos transparência. Fui ignorado em todas as esferas deste órgão corrupto e vendido que é o Ministério da Saúde e mais particularmente a Anvisa. Após um ano de várias tentativas, recebi uma resposta através da ouvidoria do  ministerio da saúde na qual falavam de tudo sobre a gripe suína, MENOS O QUE EU ESTAVA PERGUNTANDO!!!!!! Entrei também com um pedido via ofício formal com um advogado fazem mais de 2 meses mas até agora também não tivemos resposta. Me sinto frustrado e removido de meus direitos de cidadão. A ouvidoria mesmo é uma grande fachada para dar ao povo impressão de transparência e acessibilidade, pura palhaçada. Mostrei algumas semanas atrás como meu pedido de esclarecimento sobre o uso do BPA no Brasil foi jogado de um lado para o outro e apenas após várias reclamações é que me responderam, evasivamente, mas pelo menos responderam. Perguntas inconvenientes não são bem-vindas!! Eu irei escrever um post específico sobre o assunto mais para frente, pois acho que merece maior esclarecimento.

Irregularidades Instituto Butantã
Vocês devem lembrar que  no ano passado uma denúncia o Butantã, que teria recebido mais de 500 milhões de reais e jamais teria fabricado uma dose sequer de vacina?
Pois então, silenciosamente, sem alarde pelo governo ou pela imprensa, em 8 de fevereiro um inquérito civil foi criado para averiguar as denúncias, mais de 8 meses após as denúncias!!!! 
Leia você mesmo no Diário da União a PORTARIA N 39, DE 8 DE FEVEREIRO DE 2011
Fonte: Nova Ordem Mundial
Revista Literária

Convite da Casa do Poeta

CONFRARIA DA LEITURA
A Casa do Poeta de Canoas, em parceria com a Associação Canoense de Escritores (ACE), e apoio institucional da União Brasileira de Escritores (UBE) promove, a cada dois meses, a CONFRARIA DA LEITURA, cujo objetivo é apresentar a Literatura de Escritores Convidados(as), contemporâneos(as). A proposta é divulgar o currículo e a produção literária, do(a) Convidado(a) para que, em data agendada, o público participante conheça sua obra e após a Palestra, seja realizado um bate papo com o mesmo.
CONVIDADO: Cícero Galeno Lopes
DATA: 27 de Abril de 2011 (quarta-feira)
HORA: 19 horas
LOCAL: Auditório da Associação Canoense de Cultura (ASCCAN)
(Rua Guilherme Schell – Antiga Estação Férrea) - Centro - Canoas/RS
ENTRADA FRANCA
Será fornecido Certificado de Participação.

1)     Apresentação da proposta de trabalho.
2)     Discussão das noções críticas para literatura gaúcha e literatura gauchesca.
3)     Relação “textos arcaicos” e literatura gaúcha; “textos monárquicos” e literatura gauchesca. (Obs.: as noções de texto arcaico e texto monárquico são do prof Donaldo Schüler.)
4)     As primeiras falas expressivas dos gaúchos: a oralitura e a literatura.
5)    A poesia lírica e a narrativa (no cancioneiro): trovas e romances (velhos). As décimas. Antônio Chimango.
6)    A prosa: A divina pastora e O corsário.
7)    Palavra pública.

Convite do colega Henrique

Convido os amigos para a premiação dos alunos vencedores do VIII Concurso Literário 'Jovens Talentos' 2010, no dia 26/04/11 - terça-feira - às 10h, no auditório da Biblioteca Pública João Palma da Silva, na SMC, centro de Canoas.
Um país alicerçado
nas pilastras da cultura
pode extrair do passado
a sua história futura!

Um fraterno abraço e votos de paz, saúde e amor!
- Henrique Martins de Freitas - Cel.  9711.4863 

domingo, 24 de abril de 2011

Feliz Páscoa!

Páscoa, passagem...
Esta fofura eu recebi de Kátia Michele
Passagem... vitória! Vitória...
Da justiça , da paz, da luz, da sabedoria, da verdade
Do bem sobre o mal, do amor sobre tudo.
Páscoa, passagem... vitória... conquista!
Conquista... esforço! Esforço que deve começar em nossa consciência, em nosso coração. É no nosso coração, mente e atitudes que devemos começar a melhorar o mundo.
Cada esforço nosso pela superação de nossas falhas e cada pequena vitória nossa na resolução de nossos problemas são Páscoas em nossa vida.
Que a Páscoa não tenha sido apenas a comemoração de uma ressurreição distante, mas que ela aconteça em nossa vida todos os dias. Que em cada dia possamos celebrar mais um passo na passagem para uma vida melhor, mais nobre e mais feliz.
São os votos de Nélsinês a todos os amigos e leitores deste blog.

Páscoa - festa! Mas, ainda não na China Comunista

Páscoa é a celebração da Passagem, da Libertação, da Vida Nova que vence as trevas da opressão. Mas, ainda não na China... 
Volto a repetir a pergunta: você já viu uma nação de governo comunista ter democracia???

 "Cristãos são detidos e impedidos de celebrar Páscoa em Pequim
Polícia faz operação contra integrantes de igreja protestante que planejavam realizar serviço religioso público em Pequim
BBC Brasil | 24/04/2011 12:25 - A polícia chinesa deteve pelo menos 20 pessoas em uma operação contra grupos cristãos neste domingo de Páscoa. Os agentes impediram membros de uma igreja protestante de realizar um serviço religioso em público na capital do país, Pequim.
Foto: AP Policiais chineses montam guarda em área onde ocorreria celebração de Páscoa.
O grupo faz parte da Shouwang, uma das maiores "igrejas subterrâneas" de Pequim. As "igrejas subterrâneas" se recusam a deixar o Partido Comunista controlar a sua crença, e, como consequência, são consideradas ilegais.
A operação começou às 8h de domingo pelo horário local (21h de sábado em Brasília). Segundo o correspondente da BBC em Pequim Damian Grammaticas, o distrito de Zhongguancun foi tomado por policiais uniformizados e à paisana, além de viaturas.
Grammaticas diz ter visto cerca de 20 pessoas sendo colocadas dentro de ônibus e levadas a uma delegacia.
Segundo o repórter da BBC, nas últimas semanas o governo expulsou a Shouwang do prédio que costumava ocupar e impediu a igreja de se mudar para sua nova sede, construída com dinheiro dos fieis. Os líderes da Shouwang estão em prisão domiciliar.
O governo chinês alega que o seu povo possui liberdade de religião, garantida pela Constituição. No entanto, a lei só permite o credo em igrejas registradas oficialmente. As igrejas oficiais do país têm cerca de 20 milhões de fieis.
Estima-se que 50 milhões de cristãos chineses façam parte das "igrejas subterrâneas". De acordo com Grammaticas, ativistas cristãos chineses dizem estar sendo alvo de perseguição em todo o território do país.
Operação contra dissidentes
As detenções desta Páscoa ocorrem em meio a uma das maiores operações do governo chinês contra dissidência interna desde o massacre da Praça Tiananmen (Paz Celestial), em 1989.
Nos últimos meses, dezenas de ativistas pró-direitos humanos, advogados, blogueiros e artistas foram detidos. Alguns receberam longas sentenças de prisão, enquanto outros foram pegos pela polícia e desapareceram, segundo o repórter da BBC. Um dos detidos foi o artista Ai Wei Wei, reconhecido internacionalmente e famoso por suas críticas ao regime.
Analistas acreditam que o Partido Comunista chinês, preocupado com as revoluções pró-democracia em países árabes, está se antecipando e esmagando possíveis ameaças ao regime antes que elas possam sair do controle."

BRASIL– 500 e tantos anos e desenganos

         Depois dos festejos históricos dos 500 anos de descobrimento, uso do meu direito cívico para questionar favoráveis e contrários às comemorações, na tentativa de uni-los, não em torno de um Brasil de 500 anos ou mais, passados. Mas, em prol de um Brasil  dois mil, presente e futuro, em tempo e conceito, nem tanto para os estrangeiros, mas principal e primeiramente para nós, brasileiros.
 Nada é absolutamente bom ou mau em si mesmo. Não se pode só festejar sem reconhecer a abrangência de efeitos dos fatos passados. Assim, se a expansão portuguesa se deu de modo dominador, desrespeitando e quase exterminando a cultura e os povos locais, o mesmo fizeram espanhóis e ingleses. Outrossim, foi a partir dessa miscigenação que se formou a legítima cultura brasileira. Pois, antes, esta era uma terra sem nome, com numerosos grupos de nativos, alguns dos quais, mantinham animosidades entre si, ou eram  nômades que, pela migração ou lutas tribais, também poderiam ter deixado de pertencer ao nosso povo. Que o Brasil já existia com seus habitantes, não vale como prerrogativa para a não comemoração. Não fosse a descoberta (talvez nem tenha sido de Cabral), não teríamos hoje o Brasil-território-país.
Condenar a civilização européia pelo que somos é renegar nossas próprias raízes, é não ter orgulho de nossos antepassados, é não ser grato por estarmos aqui agora. E se tal acontece, ainda não somos cidadãos! Pois, quem não se orgulha de sua terra não a ama, e se não a ama, nada faz por ela. Se amamos o Brasil, festejemos. Mesmo porque, ainda nos deixamos bombardear de culturas que pregam ser de valor somente o que vem de fora. Condenamos os descobridores de 500 anos atrás e não reagimos à inculturação do povo brasileiro, cego à infiltração de dominações variadas, na política, na economia...  Não nos tornamos melhores  e nem construímos ainda uma nação com todas as acepções que o termo ‘nação’ implica. Aplaudimos e fazemos reverência à onda de globalização que nos oprime de forma tão sutil  que nem sequer percebemos que estamos agora,  servindo apenas a outros senhorios. Que os portugueses nos descubram de novo!  Pois, de nada terá adiantado nos libertar de seu domínio para sucumbirmos a outros mais nefastos e opressores.
E o que fazemos com o que nos pertence (aos nativos por direito e aos demais por conquista)? Leiloamos a preço vil. E por omissão e vergonhoso descompromisso, continuamos a exterminar nossos já escassos recursos naturais, nossa cultura, nossa precária nacionalidade. Ao angariarmos para nós o direito à exploração de nossas riquezas, acatamos a responsabilidade sobre elas e o compromisso intrínseco que advém, de preservá-las, cultivá-las e distribuí-las justa e igualitariamente.
Sim... festejemos e lamentemos pelo Brasil, não importa se de 500 ou quantos anos! Festejemos que antepassados nossos descobriram a terra onde hoje habitamos, aqui registraram uma história (embora nem sempre digna) e alguns, tão brasileiros se sentiram, que proclamaram que o que aqui tem e se faz, é nosso. Se não soubermos reconhecer o valor disso, não somos melhores que eles, não nos cabendo, portanto, o direito de condená-los. Lamentemos que a consciência dos erros apontados nos descobridores, não impede que continuem sendo repetidos, agora por nós brasileiros, pela ação ou omissão.
Descobrir o Brasil hoje, é ver que há uma história a comemorar, uma realidade a lamentar e uma cidadania a formar. Que esta é a terra que já foi o paraíso dos nativos, que foi transformada em país pelos europeus e onde os brasileiros ainda estão construindo uma nação a que possam chamar de Pátria!
(incluso no romance Loucos não insanos)

Brasília - 50 anos mais um

                          Brasília

 21/04/1960 - Fundação de Brasília - nova capital do Brasil

Na imensidão aBastada d’América
 bem no centro Remanso cerrado
 haveria de sediAr qual doce quimera
 nova aurora de Sonhos e glórias
  de um povo, idÍlio de brilho dourado.
     Primor de vaLe, em distante memória
            Dom Bosco já vIa na paz ancorado
          surgir cidAde de futurista era.

       Mas, no fundo do Colo exangue
                   aves de rapIna grassam alto no mangue.
     Onde paladiNos da ética de outrora?
       Onde a justiça, a luz Que demora?
                Terra seca, nUa e dissabores
            manhãs cinzas dE paz sem fulgores.
           Quem há de, do Nada ver surgindo
         na alma do povo, Torrão mais florido
              que a esperançA, em desilusão já soçobra.

       Áureos planos Agora acabados
   premem a pátria, Novo tempo e desejos
           de homens nObres, governos honrados
 por ordem e progreSso, vistosos cortejos.
21/04/2010.

Tiradentes, a Inconfidência Mineira e os impostos do Brasil 222 anos depois

A Inconfidência Mineira (MG – 1789) foi um dos mais importantes movimentos da História do Brasil. Representa a luta do povo brasileiro pela independência, devido à opressão e exploração do governo de Portugal no período colonial.  .
O final do século XVIII, ciclo do ouro no Brasil (colônia), Portugal se esbaldava em abusos políticos e cobrança de altas taxas e impostos. Os brasileiros que encontravam ouro deviam pagar o “quinto”, ou seja, 20% de todo ouro encontrado acabava nos cofres da coroa portuguesa. Quem era faglado com ouro “ilegal” (sem  ter pagado o imposto) sofria duras penas, podendo até ser degredado.
Quando o ouro começou a diminuir nas minas, Portugal criou a Derrama, que constava do seguinte: cada região de exploração de ouro deveria pagar 100@ de ouro (1500 quilos) por ano para a metrópole. Quando a região não conseguia cumprir estas exigências, soldados da coroa entravam nas casas das famílias para retirarem os pertences até completar o valor devido.
Este abuso de poder revoltava o povo e também a elite que queria pagar menos impostos e ter mais participação na vida política do país. Alguns intelectuais, fazendeiros, militares e donos de minas, influenciados pelas ideias do Iluminismo, se uniram em busca de uma solução definitiva para o problema: a conquista da independência do país.
O grupo liderado pelo Alferes Joaquim José da Silva Xavier (o Tiradentes) era formado pelos poetas Tomás Antônio Gonzaga e Cláudio Manuel da Costa, o dono de mina Inácio de Alvarenga, o padre Rolim, entre outros representantes da elite mineira. A ideia do grupo, além de conquistar a liberdade definitiva era implantar o sistema de governo republicano em nosso país. Chegaram a definir até mesmo uma nova bandeira para o Brasil, composta por um triângulo vermelho num fundo branco, com a inscrição em latim: Libertas Quae Sera Tamen (Liberdade ainda que tarde). Esta bandeira foi mais tarde adotada pelo estado de MG, palco do movimento.
 Os inconfidentes haviam marcado a insurreição para uma data em que a “Derrama” seria executada, obtendo assim, amplo apoio da população revoltada. Porém, um dos inconfidentes, Joaquim Silvério dos Reis, delatou o movimento para as autoridades portuguesas, em troca do perdão de suas dívidas com a coroa. Todos os inconfidentes foram presos, enviados para a capital (Rio de Janeiro) e acusados pelo crime de infidelidade ao rei. Alguns inconfidentes foram punidos com o degredo, outros prisão. Tiradentes, após assumir a liderança do movimento, foi condenado a forca em praça pública (21 de abril), sendo depois esquartejado e suas partes expostas pela cidade para desencorajar qualquer movimento semelhante contra o reinado português. No entanto, seu ideal de liberdade não pereceu, e ele até hoje é considerado o mártir e herói de nossa Independência que veio a se concretizar somente em 1822.
E hoje?
Hoje pagamos o dobro em impostos (algo em torno de 40% - isso mesmo: quarenta por cento!), não somente sobre a renda que produzimos, mas também sobre tudo que consumimos. Com a diferença de que os grandes sonegadores acabam sempre se dando bem, aumentando-se a carga sobre a legitima classe trabalhadora do país.
Houve um tempo em que partido atualmente no poder berrava contra a CPMF e dizia que as bolsas eram esmolas eleitoreiras que compravam o povo pelo estômago. Este mesmo partido, não somente tentou de tudo para prolongar indefinidamente o dito imposto do cheque e, não conseguindo substituiu-o por outro semelhante, como também triplicou a concessão dos “vale-votos”. Do partido que se dizia “dos Trabalhadores” se esperava que começasse limpando a casa política, expurgando os expúrios privilégios e maracutaias que são um escárnio para a nação. Qual nada! Lambuzou-se e enxovalhou tudo de vez, contaminando até mesmo o terceiro poder de nossa República.
E como está a assistência de saúde em nosso país? Feliz de quem não precisa dela! Pois a preocupação agora são os aeroportos e os estádios para a copa, coisas para as quais já se estuda dispensas de licitação para acelerar as obras, a liberação dos recursos... e as falcatruas e corrupção.
Tiradentes era alferes. E eu, cada vez mais, sinto saudade do tempo dos militares!

terça-feira, 19 de abril de 2011

História do Dia do Índio

O Dia do Índio comemorado anualmente em 19 de abril, teve sua data estabelecida em 1943, pelo então Presidente da República Getúlio Vargas, através do decreto lei número 5.540.

Foi definido este dia para rememorar o Primeiro Congresso Indigenista Interamericano, realizado no ano de 1940, no México. Participaram autoridades governamentais de vários países da América e líderes indígenas de nações diversas, no esforço de iniciar uma discussão sobre os direitos dos povos indígenas e os problemas advindos das ocupações da América pelos europeus.

Atualmente as discussões em torno da realidade indígena prosseguem, com novos desafios e questões a tratar. Importante se faz lembrar que a “comemoração” do Dia do Índio abrange muito mais que a visão folclórica comum.

18 de abril – Por que Dia do Livro Infantil?

Recentemente, o precursor da Literatura Infantil Brasileira - José Bento Monteiro Lobato – cujo dia de aniversário motivou a escolha da data para esta comemoração, foi alvo de tentativas de censura, de parte de um grupo de pessoas que vê maldade em tudo.
Ainda bem que, graças a reação inteligente de muitos, tal tentativa não obteve êxito! Lograssem o feito, estas pessoas que veem  refletidos nos outros os seus próprios ranços, logo a ficção se tornaria impossível, pelo autopoliciamento dos autores em não ferir as estúpidas pregações do “politicamente correto”.
Para conhecer este literato, ícone de nossa literatura infantil, acesse e leia:

Relíquias

Uma das relíquias do blog Coisas desiguais. Acesse e confira: http://omundonaomordia.blogspot.com/
Vale a pena conhecer as leituras e pensamentos desta super-menina!
"Não é que o mundo seja só ruim e triste. É que as pequenas notícias não saem nos grandes jornais. Quando uma pena flutua no ar por oito segundos ou a menina abraça o seu grande amigo, nenhum jornalista escreve a respeito. Só os poetas o fazem."
Rita Apoena


Parabéns!

Hoje quatro canoenses estão de Parabéns! Os quatro indicados a Patrono da 27ª Feira do Livro. E explico:

Roberto Pires tomou posse na Presidência do Clube Cultural Canoense. Desejamos-lhe sucesso em mais essa empreitada!

Maria Luci, surpreendeu a todos e, num gesto nobre e desprendido, cedeu seu lugar na honraria de candidata a Patrona em favor de Neida Rocha.

Jairo de Souza, bem que merecia compartilhar o trono, juntamente com a Patrona eleita! Sua quase eleição, mostrou o valor de seu trabalho abnegado em favor da cultura literária canoense.

Enfim, Neida Rocha, a Patrona da Feira do Livro de Canoas/2011 viu coroados seus esforços de escritora e ativista cultural. Parabéns, Neida!

Jairo de Souza: diz um ditado da sabedoria popular que "não se apressa o que vale a pena esperar".  Você é, desde já, meu candidato a Patrono da 28ª Feira do Livro de Canoas.

Maria Luci, Roberto e tantos mais: com certeza, para cada um, a hora do grande reconhecimento há de chegar!


Aproveito a ocasião para duas coisas mais:

1º - Parabenizar também aos canoenses que foram Patronos nas feiras do Livro anteriores: Tonito, Nemézio, Sandra, Etevaldo, Henrique, Jesus, Loreno e Francisco; sem deixar de mencionar os saudosos A.J. Giacomazzi e João Palma.

2º - Agradecer, mais uma vez, de coração, a todos que me deram seu voto em 2010, concedendo-me a inesperada alegria de ser a Patrona da 26ª Feira do Livro de Canoas. Espero conseguir retribuir o carinho e a satisfação dessa homenagem a mim dedicada.

domingo, 17 de abril de 2011

Assista Neida Rocha ao Vivo

A Escritora e Poetisa Neida Rocha estará no Programa Conexão Brasil,  terça-feira - 19/04 - às 20 horas.
 

Aos colorados

Para quem gosta de compartilhar da paixão colorada, acesse o Blog do Márcio Mór Giongo, clicando no link  http://contos.colorados.zip.net/

O que você sabe sobre nossos Números?

             Os números que escrevemos são formados por algarismos (1, 2, 3, 4, etc.) chamados de algarismos indu-arábicos, para distingui-los dos algarismos romanos (I; II; III; IV; etc.). Os árabes popularizaram esses algarismos, usados pelos hindus. Sua origem remonta aos tempos dos mercadores fenícios que os utilizavam para contar e para fazer a contabilidade comercial.
           O termo algarismo vem do nome de um matemático árabe - Mohammed Ibu Musa al-Khowarizmi, que escreveu e traduziu muitas obras matemáticas levadas pelos árabes ao Ocidente.
Mas... você já se perguntou alguma vez, por que "zero" é 0, “um” é 1, “dois” é 2, “três é 3 e assim por diante até o nove? A observação de que os símbolos usados para a representação dos algoritmos do sistema de numeração indu-arábico que utilizamos é arbitrário, procede em parte, pelas formas atuais de seus traçados, pois na sua origem não era.
Qual a lógica que existe nos algarismos arábicos? Fácil, muito fácil se observarmos sua representação escrita original. É a quantidade de ângulos no algarismo. Cada algarismo relacionava a quantidade representada com a quantidade de ângulos desse traçado, por isso o zero é redondo e não possui nenhum ângulo.
Veja como eram escritos os algarismos na sua forma primitiva e constate! Nós é que acabamos arredondando as formas de alguns deles e perdemos a noção de que o traçado do símbolo representa a exata quantidade que ele representa.


É nossa mania de depreciar tudo o que faz parte das tradições, de esquecer o valor do que foi construído antes de nós, de julgar como válido só aquilo que nós inventamos, como se as nossas descobertas não partissem do ponto onde as anteriores nos levaram.


Romanos e maias não conseguiram representar o zero e a representação de quantidade desses povos não alcança a capacidade de grafar quantias muito grandes. Por isso, muito inteligentemente, os Europeus convencionaram para ser utilizado mundialmente o sistema que temos, o indu-arábico, relegando os demais a simples memória cultural. Querer resgatar fórmulas e estratégias amadoras de resoluções matemáticas é o mesmo que querer jogar fora a invenção da escrita e representação simbólica para voltar à contagem com pedras e nós feitos em cordas. Vale, sim, e muito, conhecê-las para enriquecimento da cultura geral e também para compreender e justificar a seleção acadêmica dos conhecimentos escolares constantes nos currículos. Estes que, muitas vezes são julgados como sendo, apenas, uma imposição cultural de grupos que detêm o poder (europeus ou norteamericanos).

Moral da história: “Nunca é tarde para aprender”, para descobrir a origem dos saberes esquematizados academicamente e a razão de sua validação histórica. Mas, sempre é cedo para julgar negativamente o que nos ensinaram... e o que não aprendemos... e aqueles que nos ensinaram o que sabiam, para que pudéssemos, a partir disso, aprender mais e além do que conheciam para ensinar.
Nélsinês (30/05/2010)

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além de outros conteúdos sensacionais. (Menos os do Grêmio... rs rs rs, com o perdão dos Gremistas)

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Parabéns, Eunice!

Eunice Machado Gazzo defendeu hoje sua tese de Mestrado em Memória Social, no Unilasalle, analisando textos de escritores associados da Casa do Poeta de Canoas.
Na 26 Feira do Livro Eunice participou com a mostra Poéticas da Infância e em dezembro de 2010 recebeu o Troféu AJGiacomazzi da Revista Símbolo.
Quem deseja conhecer mais sobre o projeto de pesquisa desenvolvido pela mestranda, acesse o Blog:
http://paginaanterior.blogspot.com/

Alguns fatos históricos do dia 15 de abril

O naufrágio do Titanic
Em 15 de abril de 1912, o Titanic, o maior e mais luxuoso transatlântico do mundo, com 10 andares naufraga, após se chocar contra um iceberg perto de Terranova. Morrem 1.513 pessoas, e apenas 705 sobrevivem por problemas com barcos reservas. O navio havia partido de Southampton e se dirigia à Nova York.

1452 - Nasce Leonardo da Vinci, artista e engenheiro renascentista italiano.
1829 - O projeto de criação da Scotland Yard é apresentado à Câmara inglesa.
1865 - Morre Abraham Lincoln, presidente norte-americano.

1918 - Um avião realiza o primeiro vôo sobre a Cordilheira dos Andes (desde Zapata, na Argentina, até Curicó, no Chile), tendo como tenente o argentino Candelaire.
1927 - Um grande terremoto atinge Santiago do Chile.
1939 - Nasce Jaime Paz Zamora, ex-presidente da Bolívia.
1940 - Segunda Guerra Mundial: Forças aliadas desembarcam em Narvik (norte da Noruega).
1948 - Um atentado com bomba feito pelo Partido comunista Brasileiro mata 34 pessoas e deixa mais de 100 feridas.
1950 - Iniciam os combates guerrilheiros liberais contra a ditadura civil do partido conservador.
1953 - Duas bombas explodem na Praça de Maio de Buenos Aires durante um discurso do presidente Perón: morrem 6 pessoas e centenas ficam feridas.
1968 - O secretário geral do Partido Comunista de Checoslováquia, Alexander Dubcek, e o novo presidente do país, Ludvik Svoboda, publicam um programa de medidas liberais.
1980 - Morre Jean-Paul Sartre, escritor e filósofo francês.
1982 - O Canadá adquire total independência da Grã Bretanha com a aprovação da nova Constituição do país.
1989 - Morrem 95 pessoas no estádio britânico de Sheffield, após a invasão violenta de 2 mil torcedores aos 6 minutos da partido Liverpool x Nottingham, pela semifinal do Campeonato Inglês.
Fonte: Redação Terra
http://noticias.terra.com.br/interna/0,,OI115122-EI1411,00.html

quarta-feira, 13 de abril de 2011

SOBRE NOSSOS SÍMBOLOS E PATRIOTISMO

 

Assisti em 2005, a um trechinho de programa de esportes num canal de TV, que não lembro qual foi. Havia uma reportagem sobre a entoação do Hino Nacional, por ocasião dos eventos esportivos, como início de jogos internacionais e/ou recebimento de medalha de ouro. Comentavam sobre o fato de que o nosso hino era dos mais complexos e a maioria dos jogadores (e outras pessoas também) não o sabia todo, bem como, não sabiam o significado de muitas palavras que cantavam como plácidas e fúlgidos. Também que, nosso amado velhinho Zagallo, não suportava a idéia de que, jogadores da seleção brasileira não soubessem cantar o hino de nossa Pátria e por isso, distribuía aos jogadores a letra do mesmo. E que, mesmo assim, alguns não o decoravam, como admitiu um jogador entrevistado. A seguir, mostraram alguns jogadores cantando trechinhos do mesmo, sendo que um deles cantou: “Ouviram do Ipiranga imagens prácidas”. Tal fato motivou uma pequena discussão sobre o assunto, a qual não pude acompanhar até o final. Sem conseguir conter o riso, os apresentadores lamentaram o fato, e concordaram serem de triste comicidade, fatos como este.  Mencionaram ainda, que tais jogadores não têm culpa disso, pois ninguém lhes ensinara o certo; e ainda que, expressões patrióticas, como as que ocorriam há poucas décadas atrás, como desfiles e hasteamento de bandeiras nas escolas, não se observavam mais, e dali a razão porque a maioria não mais sabia cantar o hino.
Ora esta questão envolve muitas questões: o patriotismo em si e as expressões dele, a complexidade do próprio hino, a realidade sócio-econômica e político-cultural brasileiras e as mudanças de paradigmas da educação escolar. 
Considerando o patriotismo em si, poderíamos defini-lo simplesmente como sendo amor à Pátria. Isso me faz lembrar versos soltos de poemas diversos – Pátria, solo sagrado..., mãe Pátria, Pátria não é somente o solo que pisamos, mas o povo... Esse amor a nosso coitado Brasil, já nasceu torto, fundado na cobiça dos portugueses e outros europeus, pelas riquezas de nossa terra. Os índios que aqui sempre viveram, não construíram uma idéia de Pátria, pois se configuravam num conjunto de muitas nações, cada uma formando tribos e territórios independentes e amavam a natureza desse espaço com a qual viviam em íntima comunhão.
Há mais de quinhentos anos que, de tropeços em tropeços, o Brasil vem se constituindo um país. Digo que vem se constituindo, posto que nunca chegamos a ser realmente independentes. Mas, se na época do Romantismo, tentou-se construir uma idéia de Pátria Brasileira, esta idéia não vingou pura e, com o tempo, enxertou-se nela outros matizes. Aqui cabe mencionar que o nosso hino nacional data dessa época (séc. XVIII). De lá para cá, tivemos inúmeras imigrações e a pluralidade de povos trouxe consigo uma variedade enorme de  culturas e imagens sobre o Brasil. Estes povos se misturaram, se miscigenaram, mas não uniram seus corações em torno de um sentimento que os fizesse criar um sentido de pertencer a uma Pátria: a Brasileira. Sobrevieram a grandes guerras mundiais e muitos “brasileiros”, descendentes ou oriundos dos países em conflito, viram a suposta unidade nacional ser esfacelada pela desconfiança em relação a eles, atrasando ainda mais uma perfeita integração.
Seguiu-se um período de regime militar, em que o patriotismo tornou a ser ressuscitado, embora novamente, de um outro modo, torto. Passado o regime militar tentou-se expurgar tudo o que a ele se referia, inclusive as expressões de patriotismo! O que nasceu e cresceu torto, sepultou-se torto. Ligou-se civismo a militarismo e, como tal, ambos foram condenados a desaparecer das então sonhadas “expressões democráticas”.
De certa forma, desconstruiu-se o amor ao Brasil, substituindo-o por adesão a uma ideologia política revolucionária. E, em nome da democracia, passou a valer tudo: a bandeira nacional – mais do que o hino -, antes revestidos de solenidade foram “tomados” com uma certa fúria, como “objetos” pertencentes ao povo. E o povo se enrolou em bandeiras e cantou o hino com nova melodia. O povo pintou o rosto de verde-amarelo, foi às ruas e vibrou com as conquistas, mas esqueceu o hino e, a bem da verdade, também não conhece bem a bandeira. Qual é a cor do letreiro? Quantas estrelas têm? Aposto que poucos sabem responder, muito menos quais as proporções oficiais da bandeira brasileira, que também eu não lembro. De fato, ninguém me ensinou isso, mas lembro que eu estava ainda no então 1º grau, entre a 5ª e a 8ª série quando nos foi solicitada uma pesquisa sobre os símbolos nacionais. – Ah, quem sabia que, além da bandeira e do hino, temos como símbolo do Brasil as Armas Nacionais?  - Pois bem, aprendi isso e outras coisas nessa pesquisa. A pesquisa, como todos sabem, naquela época e - muitas vezes ainda hoje - se resumia em procurar textos em livros (não havia tantos jornais e revistas, ou, pelo menos eu não tinha noção de sua existência nem acesso) sobre o assunto e copiá-los fielmente. Copiando mesmo, aprendi.
Mas, afora isso, naquela época existiam realmente os desfiles da semana da Pátria e as horas cívicas nas escolas, não lembro com que freqüência. Lembro, porém, que antes do dia do desfile na sede do município, um bom tempo de nossas aulas era destinado ao ensaio da marcha. Eu nunca fui boa na questão de ritmo corporal e num desses ensaios, uma professora, ao corrigir meu descompasso me disse: “Faça mais esforço para acertar! Nossa Pátria merece que se marche bonito!” O sete de setembro era um dia de festa, e todo mundo caprichava nos uniforme. As bandas marciais então, eram uma beleza de se ver! Desde aquele tempo até hoje, tenho arrepios de emoção ao ouvir seus instrumentos. Mas, passou...
Passou esse encanto de minha infância e junto os nobres sentimentos que evocavam em todos. Naquela época, nem eu sabia cantar todo o hino, também tropeçava em muitas palavras e desconhecia o significado da maioria, bem como, do seu conjunto de versos e estrofes. Saber que o hino fora composto na época do Romantismo, pouco depois da Proclamação da Independência, só me dava noção de quão era antigo. Mas, nada disso importava. Importava o respeito que eu tinha por ele e pela bandeira, que se assemelhava ao que eu nutria por um crucifixo ou pela Bíblia. Pois acho que a bandeira era meu crucifixo e o hino minha Bíblia.
 Na época em que fiz o segundo grau, fui convidada para ser uma das que desfilavam ao lado da porta-bandeira, segurando uma das duas fitas verde-amarelas. Esse tipo de convite era feito aos melhores alunos, mas eu, conhecendo minha falta de ritmo na marcha, achei-me aquém de tal honra, agradeci o reconhecimento, mas não aceitei. Depois, como pela primeira vez eu tinha a possibilidade de assistir em vez de desfilar, foi o que fiz. Confesso que chorei durante quase todo o desfile, pois achei tudo tão lindo! E foi a última vez que vi um desfile de sete de setembro.
Pois bem, um patriotismo que não se expressa, não sobrevive! Cerca de vinte anos depois, começou-se a sentir falta de patriotismo que, bem ou mal, estes atos e eventos cívicos ajudavam a cultivar. Surgiram então, as caminhadas cívicas, algo tão sem graça e sem emoção! Participei de uma e me senti péssima. Ano passado, tive oportunidade de assistir a uma, no centro da cidade onde moro. Sabem o que mais rendeu palmas do público? As bandas marciais de dois colégios tradicionais e alguns grupos uniformizados (associações, corais, Grupos de Terceira Idade, e representações militares e tradicionalistas). As escolas, em geral, davam tristeza: em nada denotavam estar homenageando a Pátria! Alguns pareciam envergonhados de estar fazendo aquilo enquanto outros aparentavam estar numa passarela de fama, improvisada.  Chorei de novo, ora de tristeza, ora de saudade e ora de emoção, quando os arrepios percorriam toda minha pele. E pensei em tudo o que me veio à lembrança hoje, ao assistir um pouquinho de TV.
Tantas épocas se passaram desde que o Brasil é Brasil e o amor à Pátria continua confuso. Como disse antes, na ânsia de suplantar o militarismo (Não digo Ditadura, pois ela continuou existindo sob outros disfarces), passou-se a uma onda de criticismo e de revolta que machucou a imagem do Brasil no coração dos próprios brasileiros.  Patriotismo virou sinônimo de manifestações de massa, como greves e até mesmo as do Impeachman (Êta, patriotismo com língua estrangeira!)
 A Bandeira Nacional e o Hino continuaram a figurar em eventos oficiais de grande porte, mas só porque, aqui, ali e acolá, continuaram muitos “pobres velhos” que se “adestraram” no regime militar. Porém, estes símbolos “sagrados” se ausentaram quase completamente das escolas (Lembro até de uma vez em que, para participar de uma atividade cívica numa escola do bairro, a nossa precisou pedir uma bandeira emprestada).
E dessa ausência, passo para a complexidade do nosso hino. Sem dúvida, um texto poético, em língua erudita, de séculos passados, soa estranho e incompreensível para um Brasil que “Impeachmeia” um Presidente da República, eleito por voto direto, em plena era democrática. E que, dez anos depois, não sabe dizer o que é Impeachman nem qual presidente foi “impeachmado”. À bulhufas com nossa língua! Nossa língua, que língua? Não é mais português, que esta é a língua de Portugal, tão diferente, que também entendemos pouco. Não é brasileiro, pois, nosso país não tem “status” suficiente para ter uma língua própria (nem palavras próprias para substituir impeachman e status). E não tem uma língua própria porque a diversidade cultural que formou o Brasil, não constituiu uma unidade de povo. Sem unidade de povo, não há língua nacional, e sem língua nacional, como se identifica uma Pátria? Por uma bandeira cuja composição e significado a maioria desconhece? Por um hino que a maioria não compreende nem sabe cantar? Pobre Brasil! Terra amada de cobiças mil.
Nas escolas não se ensina o significado das palavras do hino nacional, ou a sua pronúncia correta, diziam os apresentadores do programa que assisti. De fato, e muitas outras coisas, não se ensina mais. Isto fazia parte de uma matéria chamada EMC (Educação Moral e Cívica), - que foi banida dos currículos escolares, assim como a Filosofia - e se incluía numa área chamada Estudos Sociais. No entanto, assim como alguns perceberam a falta que faz o próprio civismo, algumas dessas coisas começam a ser ressuscitadas, com outro nome: agora são “Temas Transversais”. Outros ficam a deriva, ora sendo “enfiados” em História ou Geografia, ora em Ensino Religioso. De qualquer modo, diziam sempre os doutores em Pedagogia, este é um conteúdo que não faz parte do cotidiano de vivência do alunado e, portanto, não tem valor significativo para eles. Trocou-se o estudo, ou pelo menos uma pequena reflexão sobre o hino por outras músicas, mais atuais. Nem vou entrar no mérito dessa questão, que demandaria outro texto a respeito. Só menciono o fato de que, caso se der um jornal do tipo de ZH (linguagem atual), muitos estudantes concluintes do atual Ensino Fundamental, não conseguiriam interpretar sequer muitas notícias, muito menos, a maioria das reportagens e artigos de opinião. E isso nos leva ao terceiro aspecto que mencionei: a mudança de paradigmas do Ensino Escolar.
No decorrer das últimas décadas, proliferaram teorias e metodologias de ensino e, tudo o que era anterior a estas era chamado de tradicional, para não dizer, tachado de ultrapassado. E ninguém tinha coragem de admitir que era tradicional e, defender os muitos aspectos positivos dessa tradição era impensável. Quem ousasse fazê-lo recebia o estigma de retrógrado, de conservador (com sentido pejorativo) e tudo passou a ser classificado em duas fronteiras opostas: o tradicional e o moderno. A questão era romper com as estruturas, mudar e mudar; reinava uma ojeriza ao passado. Tamanha foi a aversão que se criou ao “tradicional”, e com tanto asco se pronunciava termos como Educação Tradicional, que o moderno virou modismo e teve gente “aplicando” o construtivismo como se fosse uma metodologia. Resultado: temos hoje uma escola capenga que está à procura de sua própria identidade.
Estudar a letra do hino nacional, que fala tão romanticamente de plácidas margens de tal riacho Ipiranga, onde se deu um dos primeiros atos que fizeram do Brasil um país? Ora, a própria história foi contestada. Diz-se que, o então príncipe regente, não proclamou a Independência por amor a essa terra e seu povo, mas por pura rebeldia ao Rei (seu pai) e por interesse ao título de imperador. Ora, se a história não era mais aquela que se ensinava, como explicar o hino dentro dela? Solução simples, não se analisou mais o hino. E, se a linguagem do hino pertencia ao tradicional, à língua arcaica, que valor tinha dentro da Pedagogia do Oprimido? Precisava ser combatida, pois representava a elite opressora. E o Brasil se tornou um país sem história, um povão sem memória e sem anelo a qualquer coisa que lhe inspirasse amor à Pátria.
Mas o povão foi se politizando, se debatendo entre dois modelos de poder, o socialismo russo e o capitalismo estadunidense. Ora, o capitalismo exigia técnicos e o hino nacional não era útil à tecnologia nem conveniente às investidas dos EUA no nosso território, sob o disfarce de FMI, ALCA, Base Militar de Alcântara, a democracia selvagemente consumista, a liberdade baseada somente no direito de usufruir, etc. Os anseios do socialismo se afundavam na derrocada da URSS, nas ditaduras de esquerda com sua democratização da pobreza e desilusão em relação à justiça social. O que sobrou? A fome e sede de uma Pátria que se possa amar, numa terra-mãe onde se possa cantar “Fulguras, ó Brasil, florão da América...”. E que americanos não sejam somente aqueles que querem dominar todo resto como novos romanos, e Napoleões, e Hitlers... na ganância e usurpação do petróleo, da bio-diversidade, da água e do ar. Nem seja “a imagem do Cruzeiro (que) resplandece, usado para ludibriar com o gérmen de utopias e novas falsas promessas. 
Mas, para satisfazer esta fome e sede da alma de cada brasileiro, é preciso resgatar muitas coisas! Talvez, começando com o hino, aprendendo a entoá-lo corretamente e entendendo seu sentido e com a bandeira, conhecendo-a melhor apreendendo os significados que encerra. E sem essa léria de trocar “Deitado em berço esplêndido” por qualquer outra expressão nem acrescentando a palavra amor ao lema da bandeira.
E que Viva o Brasil, como uma Pátria que cabe em nossos corações, cujo símbolo verde-amarelo suba bem alto, elevando nossos olhos e nossas vozes ao som de “Terra adorada! Entre outras mil, és tu, Brasil ó Pátria amada! Dos filhos deste solo és mãe gentil, Pátria amada, Brasil!!! Ainda por fim, para contribuir com os Zagallos  de nosso país, e consolar um pouco os apresentadores do programa televisivo a que tive o prazer de assistir, meio de relance, apresento uma interpretação básica do nosso Hino Nacional e, logo abaixo, a transcrição do mesmo.

Interpretação do Hino Nacional Brasileiro


1.As margens tranqüilas do riacho Ipiranga (SP) ouviram o grito forte que faz eco de um povo corajoso e cheio de energia.
2.E nesse momento, o sol, brilhou com raios brilhantes no céu, simbolizando o brilho (luz) da liberdade desse novo país.
3.Se conseguimos conquistar com muito  esforço, a garantia de igualdade com outras nações, então, nessa terra e realidade, somos desafiados a defender esta liberdade até mesmo com nossa própria morte.
4.Ó, Patria querida e muitíssimo amada: Viva! Viva!
5.O Brasil tornou-se livre como que sonhamos. E quando no céu, lindo, sorridente e muito limpo  brilha a imagem da cruz (a constelação do Cruzeiro do Sul), então desce até nossa terra um raio de amor e de esperança.
6.Brasil, tu que és naturalmente muito grande, és também bonito e forte, valoroso e poderoso. Ainda mostra que tem um grande futuro pela frente, e as possibilidades de continuar sendo grande (importante).
7.Brasil, tu és a terra mais amada entre mil outras que se comparem a ti. Querido Brasil, tu és como uma mãe carinhosa e atenciosa para os que nascem aqui.
8.O Brasil, iluminado pelo sol tropical se destaca como o ponto mais importante da América, que é chamada de Novo Mundo (pelos europeus). Isto porque, está situado em lugar privilegiado (muito bom), com uma enorme área de terras e praias à beira-mar (extensão litorânea do oceano Atlântico).
9.Os alegres e bonitos campos brasileiros têm mais flores do que as terras mais floridas. Nossas matas têm mais vida (mais variedade de espécies animais e vegetais). E nesse ambiente nossa vida tem mais amor.
10.              Ó, Patria querida e muitíssimo amada: Viva! Viva!
11.              Desejamos que a bandeira estrelada que o Brasil exibe, seja símbolo de amor que não se acaba. E que as cores verde e branca dessa bandeira falem para todos das honras que conquistamos no passado e nos façam querer a sempre a paz.
12.              Mas, se por acaso surgir a necessidade de levantar as armas para fazer justiça, com certeza nenhum brasileiro deixará de cumprir seu dever. Nem terá medo de morrer pelo país, aquele que ama o Brasil.
13.              idem ao 7.

Hino Nacional Brasileiro

Letra: Joaquim Osório Duque Estrada
Melodia: Francisco Manoel de Almeida

1.Ouviram, do Ipiranga, as margens plácidas
de um povo heróico, o brado retumbante.
2.E o sol da liberdade em raios fúlgidos
brilhou no céu da Pátria nesse instante.
3.Se o penhor, dessa igualdade,
conseguimos conquistar com braços fortes
em teu seio, a liberdade
desafia nosso peito à própria morte.
4.Ó Pátria amada, idolatrada, Salve! Salve!
5.Brasil de um sonho intenso, um raio vívido
de amor e de esperança à terra desce.
se em teu formoso céu, risonho e límpido
a imagem do cruzeiro resplandece.
6. Gigante pela própria natureza
és belo, és forte, impávido, colosso,
e o teu futuro espelha essa grandeza.
7.Terra adorada! Entre outras mil, és tu Brasil, ó Pátria amada.
Dos filhos deste solo és mãe gentil, Pátria amada, Brasil.

8.Deitado eternamente em berço esplêndido
ao som do mar e à luz do céu profundo.
Fulguras, ó Brasil, florão da América
iluminado ao sol do Novo Mundo.
9.Do que a terra, mais garrida,
teus risonhos, lindos campos têm mais flores.
Nossos bosques têm mais vida
nossa vida em teu seio mais amores.
10.              Ó Pátria amada, idolatrada, salve! Salve!
11.              Brasil de amor eterno seja símbolo
o lábaro que ostentas estrelado.
E diga o verde-louro dessa flâmula:
Paz no futuro e glória no passado.
12.              Mas, se ergues, da justiça, a clava forte,
verás que um filho teu não foge à luta
nem teme, quem te adora, a própria morte.
13.              Terra adorada!  Entre outras mil, és tu Brasil, ó Pátria amada.
14.               Dos filhos deste solo és mãe gentil, Pátria amada, Brasil.