sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Que direi, no ano que encerra?

Que direi aos meus leitores, neste ano que se encerra?
Nada a não ser, meu poema e minha prece.
O tempo, senhor das horas
cava rugas e saudades
indomável ... sem piedade
passa sempre, sem demoras.

No relógio ou calendário
marca o mundo sua história.
Não resguarda no sacrário
a essência da trajetória.

Um presente, cada instante
um futuro a chegar
um passado já distante.

Em imensurável momento
passa o mundo a girar
e o homem com o tempo.


SALMO PELO HOMEM QUE PASSA


Deus, ó Deus!

Vede esse homem que passa...
Segurai-o.
Não fostes Vós, seu criador?
Não fostes Vós que lhe destes tudo?
Vede ó Deus, esse homem que passa...
O que ele aspira?
Sobreviver, talvez,
entre seus próprios semelhantes...
Basta?

Não! Ele precisa aprender a viver
mais profundamente...
Segurai, ó Deus,
esse homem que passa...
Ele não nasceu para o que é!
Vós não o criastes
para usufruirdes de sua estupidez!
Vós o queríeis homem,
verdadeiramente humano,
cheio de glória e esplendor.

Oh! Deus...
Vede esse homem que passa...
Segurai-o.
Ele não é feliz...
E, se continuar assim,
andando sem parar,
passará pela vida
sem ter aprendido
sequer ser digno de existir...
Sem tampouco ser
o que a Escritura dele diz:
‘Vossa imagem e semelhança’.

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